Uber "não vê problema" nos motoristas não falarem português

por Antena 1

Foto: Gonçalo Costa Martins - Antena 1

O diretor-geral da Uber Portugal disse que a empresa "não vê problema" nos motoristas não falarem português, numa altura em que uma em cada cinco pessoas que conduzem carros TVDE falam apenas outras línguas.

"A aplicação tem tecnologia incluída que permite ultrapassar esse constrangimento", aponta Francisco Vilaça em entrevista à Antena 1, desvalorizando as queixas de dificuldades de falar com motoristas.

No entender do diretor da Uber Portugal, o principal momento de contacto entre passageiros e motoristas é o ponto de recolha, em que, nesse caso, "a aplicação tem a tradução em simultâneo para qualquer língua do mundo".

Citados pelo Diário do Notícias, dados do Instituto de Mobilidade e Transportes apontam que, em 2023, 70% dos mais de 70 mil motoristas ligados a Transportes Individuais e Remunerados de Passageiros em Veículos Descaracterizados a partir de Plataforma Eletrónica (TVDE) eram portugueses ou de países de língua oficial portuguesa. Mais de 20% não falam português.
Taxa de 25% é para manter

Vários motoristas têm se queixado dos valores cobrados pela Uber em cada viagem. Nos protestos que decorreram nos últimos meses, houve quem referisse que as taxas ultrapassavam os 25%, com acertos feitos posteriormente.

Questionado pelo jornalista Frederico Moreno, o diretor da Uber Portugal sublinha que a plataforma cobra os valores que a lei permite.

"É uma taxa standard: sempre foi 25% e sempre será 25%. Cumpre um limite legal, que a lei imprime um máximo de 25%", afirma.


Francisco Vilaça aponta como objetivo aumentar os rendimentos dos motoristas, quer pela redução dos custos de operação, com acordos com gasolineiras, com carregamento elétrico, com acesso a veículos facilitado", como também "através da inovação". Nesse aspeto, dá o exemplo das recentes viagens Uber Share, que são viagens partilhadas com mais passageiros.

A propósito dos 10 anos da plataforma em Portugal, o diretor Francisco Vilaça faz um balanço positivo da atividade no país: "é uma solução para o dia-a-dia de milhões de portugueses e turistas que visitam o nosso país e, através disso, criaram um impacto profundamente positivo na vida dos portugueses, na nossa economia".

Pode ouvir a entrevista completa aqui.
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